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As 7 obras mais sustentáveis do mundo

Nos últimos anos, o nível de preocupação com o meio ambiente cresceu exponencialmente. A cada dia, surgem novas pesquisas voltadas para a sustentabilidade, e o conceito de ecologicamente correto se torna mais comum.

Em algumas áreas, como o setor automobilístico, é fácil notar a presença dessa nova tendência. Mas, no setor da construção civil, é mais difícil ter essa percepção. Porém, as obras estão investindo pesado em soluções que respeitem a natureza.

Apesar de ser uma das grandes produtoras de resíduos e por ser responsável por uma grande parcela da emissão de dióxido de carbono, a construção civil vem se modernizando. A busca por edificações sustentáveis já se tornou uma grande tendência.

Agora, o principal objetivo, além de ser uma das maravilhas da engenharia, é entrar para o hall das obras mais sustentáveis do mundo, levando em consideração todo o processo de execução do empreendimento.

Interessou-se pelo assunto? Então, continue a leitura deste artigo e veja as 7 obras mais sustentáveis do mundo.

1. Center for Sustainable Landscapes (CSL) – Pittsburg, EUA

A primeira das obras mais sustentáveis do mundo que destacamos é o CSL. O edifício sempre teve como principal objetivo se tornar o “prédio mais verde do mundo”. Para tanto, o CSL foi projetado para operar utilizando apenas fontes de energia renovável.

Além disso, todo o esgoto produzido é limpo, tratado e reutilizado em vasos sanitários. A água da chuva é coletada e armazenada em um tanque, cuja capacidade é de 60.000 litros, e, para a iluminação, não são utilizadas lâmpadas durante o dia. A arquitetura do edifício permite que a luminosidade supra a necessidade do uso de lâmpadas.

É interessante destacar que o CSL abriga um centro sem fins lucrativos, o que explica a necessidade de buscar ser o “prédio mais verde do mundo”. Por fim, deve-se ressaltar que, no ano de 2015, o prédio produziu mais energia solar e eólica do que consumiu. Fantástico, não é mesmo?

2. Biosciences Research Building (BRB) – Galway, Irlanda

Laboratórios de pesquisa comumente utilizam equipamentos de alta intensidade e outras máquinas, como as de aquecimento e resfriamento. Porém, o BRB foi projetado de maneira que o uso desses recursos não seja necessário.

Os laboratórios foram posicionados no centro dos andares, com os escritórios alocados em seu entorno. Dessa maneira, é possível abrir as janelas, sem precisar de utilizar ventilação mecânica.

Outro fator que merece destaque é que todos os corredores atuam como se fossem uma malha térmica, enquanto o calor gerado pelas atividades do laboratório é redirecionado para os arredores dos escritórios, mantendo o local mais quente em dias de frio intenso.

3. Heb at Mueller – Austin, EUA

Uma das edificações que mais consomem energia nos dias atuais são os supermercados, principalmente quando comparados com outros edifícios comerciais. Entretanto, o Heb at Mueller, em Austin, conseguiu reduzir o consumo em 64%.

A energia do local é fornecida por meio de painéis solares, que são capazes de gerar 39 milhões de KWh de energia renovável por ano. Outra grande diferença implementada nessa edificação são os sensores de temperatura e umidade, que auxiliam a loja a economizar energia.

Até os frigoríficos são inovadores. A loja é a primeira do país a utilizar modelos desse equipamento que funcionam a base de gás propano e que consomem 95% menos de energia que os equipamentos comuns.

4. Templo religioso Sukyo Mahikari – São Paulo, Brasil

Contemplando uma área construída de 2.300 m², o grande desafio dessa edificação foi garantir o conforto térmico e acústico dos usuários. Para tanto, foram utilizados recursos que permitem a priorização da iluminação natural e o uso de brises reguláveis, responsáveis por diminuir os efeitos da incidência da luz solar.

Nas áreas comuns do prédio, foram instaladas lâmpadas de LED e o aquecimento da água do chuveiro é feito por meio da energia solar, sendo que existem inúmeros outros materiais de classe sustentável.

Pode-se destacar, ainda, o sistema de reúso da água de chuva e da água utilizada para a lavagem de roupas, banheiros e lavatórios. Por meio de um tratamento físico-químico, é permitida a sua reutilização para a lavagem de calçadas, a irrigação das plantas e a descarga de vasos sanitários.

5. Fábrica da Coca-Cola – Fazenda Rio Grande, Paraná, Brasil

A fábrica da Coca-Cola foi a primeira fábrica do Brasil a receber a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). As ações de sustentabilidade do empreendimento são facilmente identificadas.

O processo de construção se deu por meio de uma obra que gerou poucos impactos na localidade. Além disso, o empreendimento foi construído para gerar um consumo eficiente de água, prover uma boa qualidade interna do ar e uma iluminação facilitada.

Do espaço do terreno, 41% foi designado para áreas abertas e vegetadas. Existem, ainda, sistema de captação de água de chuva, área de lazer para os funcionários, espaço reservado no estacionamento para quem oferece carona aos colegas e o maior telhado verde da América Latina.

6. Estádio Mineirão – Belo Horizonte, Brasil

Reformado para a Copa do Mundo 2014, o estádio Mineirão recebeu alguns requisitos sustentáveis e, certamente, deve aparecer na lista das obras mais sustentáveis do mundo. O palco de uma das nossas maiores tragédias futebolísticas (derrota do Brasil para a Alemanha) deve ser um motivo de orgulho dos brasileiros.

O estádio recebeu o selo LEED e conta com uma usina solar fotovoltaica, com capacidade de produzir um volume de energia que chega próximo ao consumo médio de 1,2 mil casas. Boa parte dessa energia é utilizada na iluminação do estádio, que consome 30% menos se comparado a outras arenas modernas do país.

A água utilizada em mictórios, torneiras e para outros metais sanitários é proveniente do reúso de água das chuvas, reduzindo em 10% o volume total utilizado. Devemos destacar, ainda, que, durante a fase de execução das obras, a administração do estádio doou o gramado, as cadeiras e a madeira da estrutura para inúmeras entidades.

7. Bairro Jardim das Perdizes – São Paulo, Brasil

O bairro Jardim das Perdizes é o primeiro bairro da América Latina a receber o certificado AQUA-HQE (certificação francesa, Haute Qualité Environnementale). Essa certificação tem como objetivo demonstrar que o empreendimento passou por controle de todas as etapas de seu desenvolvimento, levando em consideração alguns padrões definidos para que a obra seja sustentável.

Todo o bairro contempla sistemas de eficiência energética, garantindo o melhor aproveitamento do vento e da iluminação natural. O bairro possibilita aos moradores e frequentadores, o uso de bicicletas compartilhadas, vagas de garagem para veículos elétricos e híbridos, drenagem de água pluvial que propicia a infiltração no lençol freático dentre outras funcionalidades.

Durante o período de obra, foi possível reaproveitar resíduos de prédios antigos e, ainda, o remanejamento de terras, evitando o trânsito de milhares de caminhões pela cidade. Por fim, pode-se afirmar que o bairro conta com critérios significativos de sustentabilidade, com 50 mil metros quadrados de áreas verdes e mais de 40 espécies de árvores, totalizando 2,2 mil espécimes. Vale a visita!

Obviamente, existem outras obras sustentáveis ao redor do mundo.Listamo aqui apenas algumas das edificações mais conhecidas e inovadoras. Como destacado, o conceito de ecologicamente correto veio para ficar. Então, nos próximos anos, outros empreendimentos certamente entrarão para a lista das obras mais sustentáveis do mundo.

E aí, o que achou do nosso artigo? Gostou de conhecer as obras mais sustentáveis do mundo? Que tal compartilhar este artigo em suas redes sociais e mostrar para os seus amigos que você também está por dentro do que é ecologicamente correto? Contamos com você!

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