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Como se proteger da engenharia social no ambiente corporativo?

Nos últimos anos, o mundo tem experimentado grandes avanços nas áreas de comunicação. Nunca estivemos tão conectados e dependentes de recursos online para viver e trabalhar.

Os benefícios desse cenário de alta conectividade são inúmeros, não há como negar. Porém, junto deles, surgiram também novos riscos à segurança.

Como a circulação de dados e informações valiosas se intensificou pela rede, a quantidade de criminosos que agora atuam nesse campo é bastante grande, assim como, também, a quantidade de golpes e mecanismos para acessar informações sensíveis de pessoas e empresas.

A engenharia social é um grande exemplo de como mentes brilhantes também trabalham para fins criminosos, pois, hoje, esse é um dos maiores problemas para a segurança da informação das empresas.

Quer saber um pouco mais a respeito da engenharia social e, principalmente, como se proteger dela? Então o post de hoje pode ajudar você. Continue lendo e confira!

O que é a engenharia social?

De forma direta, a engenharia social é uma técnica utilizada por criminosos para ter acesso a dados, informações e ambientes não autorizados, com a finalidade de obter vantagem dessa ação.

A base da engenharia social é a persuasão e a dissimulação. Os “engenheiros sociais” se valem da boa oratória e conhecimentos técnicos sobre determinados assuntos e estrutura da empresa para ludibriar quem quer que seja portador de dados relevantes.

A grande diferença dessa modalidade de invasão é que ela não explora apenas as vulnerabilidades de segurança de um sistema em si.

O foco são as pessoas, as portadoras de credenciais de acesso, senhas e criptografias. A técnica explora as fragilidades psicológicas do indivíduo, como a desatenção e falta de instrução para enganá-lo.

Caso Pepsi e Coca-Cola

Em 1994 houve um caso interessante de engenharia social, envolvendo as gigantes Coca-Cola e Pepsi.

No episódio, a Pepsi teve um plano estratégico confidencial vazado. As informações foram repassadas por meio de um técnico de som, que se aproveitou da sua função e entregou fitas contendo as informações sigilosas à Coca-Cola, o que acabou frustrando os planos da Pepsi de aumentar as vendas.

Os prejuízos dessa ação foram significativos, pois a Pepsi teve uma grande queda nas vendas e acabou sendo vendida para a Brahma.

Quais os danos ela pode causar em um ambiente corporativo?

Os impactos da engenharia social para as empresas podem ser significativos, a depender da forma como a empresa lida com seus dados e do quão relevantes eles são para as operações.

Nesse contexto, pode-se citar os seguintes exemplos de impactos sobre a empresa:

  • o acesso a informações a dados confidenciais de clientes — como informações bancárias e pessoais;

  • publicização de dados relativos a transações e negócios;

  • divulgação de segredos empresariais e estratégias de negócios;

  • perda de confiabilidade por parte dos clientes e usuários;

  • indisponibilidade de sistemas.

Além desses impactos, ainda existem os de ordem financeira, ocasionados pelo descrédito com a segurança da empresa, evasão de clientes e pagamento de indenizações oriundas de demandas judiciais movidas por terceiros prejudicados.

Como se proteger da engenharia social?

Como dito, o principal foco da engenharia social é o ser humano, logo é sobre ele que a empresa deve trabalhar para reduzir os riscos de ser alvo dessa técnica.

Desse modo, a organização que não deseja sofrer com esse problema deve, primeiramente conhecer sobre o assunto e entender quais os riscos envolvidos em não tomar as precauções necessárias.

O passo seguinte é investir na modernização, não só dos sistemas de segurança, mas também da cultura e postura de todos os envolvidos com a manipulação de informações sensíveis.

Essas pessoas devem ter consciência do valor das informações que carregam e ter a capacidade técnica de identificar possíveis riscos em quaisquer ações suas.

Antecipar possíveis riscos reduz muito as chances de os engenheiros sociais ganharem espaço para agir.

No entanto, existem outras medidas que não só podem como devem ser adotadas para garantir uma maior segurança no ambiente. Vejamos:

Conscientização e Treinamento

Fica bastante difícil evitar prejuízos com a engenharia social se a equipe desconhece essa prática e como ela funciona.

O primeiro passo e, talvez, o mais importante é conscientizar as pessoas sobre o valor da informação que elas manipulam, seja ela de uso pessoal ou institucional.

Cada colaborador, independentemente do nível hierárquico e tipo de acesso que possui, pode ser alvo da engenharia social e, por isso, deve ser instruído.

Por exemplo, é preciso alertar sobre o recebimento de e-mails — prática comum para enganar colaboradores —, deve sempre ser visto com cuidado. E-mails suspeitos, com domínios, endereços e links estranhos devem ser averiguados.

Além, disso, chamadas telefônicas nas quais pessoas se apresentam como líderes da empresa ou funcionário de algum setor, solicitando informações confidenciais são extremamente perigosas. Jamais utilize esse meio para fornecer dados sensíveis.

É preciso também investir em inovação, com a aquisição de sistemas de segurança mais avançados, dotados de recursos mais robustos e confiáveis.

É imprescindível ressaltar a importância em adotar uma política de treinamentos contantes de toda equipe para que saibam identificar e lidar com esse tipo de ameaça.

Segurança Física

A engenharia social também age de forma direta, principalmente pelo acesso de pessoal não autorizado a determinadas áreas de uma empresa.

Por tal razão, é fundamental controlar o acesso a dependências de uma organização. Apenas pessoas devidamente autorizadas, podem ter livre circulação nessas áreas.

Política de Segurança

A política de segurança é a base para se criar um ambiente confiável. A partir dela, os líderes e gestores podem conduzir e instruir os colaboradores no que diz respeito a segurança da informação.

Desse modo, estabelecer procedimentos que eliminem quaisquer ações arriscadas é medida de ordem. Por exemplo, um administrador nunca deve solicitar senhas ou ter acesso às credenciais de usuários de um sistema.

Além disso, é preciso adotar a criptografia e estimular o uso de senhas de difícil descoberta, e também remover contas de usuários que deixaram a instituição e acabar com cultura de compartilhamento de credenciais — o que ainda é muito comum nas empresas.

Controle de Acesso

Os mecanismos de controle de acesso tem o objetivo de implementar privilégios mínimos a usuários a fim de que estes possam realizar suas atividades.

Nesse ponto, é preciso ser o mais estratégico possível, evitando dar privilégios excessivos a quem não necessita deles para o trabalho. Afinal, nem todos os colaboradores precisam de acesso amplo a todos os sistemas e informações da empresa.

Outro ponto que vale mencionar é que o controle de acesso pode também evitar que usuários sem permissão criem, removam ou alterarem contas de acesso ou instalem softwares maliciosos nos servidores da organização.

Por fim, a engenharia social já se transformou em uma realidade em ambientes corporativos. Atualmente os criminosos estão ainda mais habilidosos, o que dificulta muito a identificação dos riscos. Dessa forma, as medidas listadas neste post são indispensáveis. Fique atento!

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