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Planejamento de obra: o primeiro passo para o sucesso da construção!

Imagine uma realidade em que uma obra é entregue dentro do prazo previsto, o custo final fica abaixo do que foi idealizado inicialmente e o cliente está completamente satisfeito, sem nenhuma reclamação a fazer. Parece uma possibilidade distante, quase inatingível, não é mesmo? Mas todos esses resultados são possíveis a partir de um planejamento de obra bem feito.

O planejamento é o primeiro passo para o sucesso de uma construção. É ele quem vai guiar as atividades diárias do engenheiro e servir de referência para a equipe de obras. Por isso, é um processo que deve ser tratado como prioridade e levado a sério.

Neste post, nós vamos mostrar não apenas a importância dessa etapa, mas também como lidar com imprevistos. Acredite, eles surgem mesmo quando tudo foi muito bem elaborado e pensado previamente — e até quando todas as orientações são seguidas à risca.

A importância de um planejamento bem feito

De acordo com um estudo feito pelo Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral, no Brasil somente um quinto do tempo total de uma obra é dedicado ao processo de planejamento. No Japão, essa etapa inicial consome pelo menos 40% do tempo total. Já na Alemanha, a parte de avaliação do projeto e planejamento corresponde à metade de todo o período necessário para uma construção. Ou seja, o trabalho prévio deve consumir tanto tempo e dedicação quanto a etapa de “mão na massa”.

O ideal é que o planejamento de obra seja traçado meses, ou até mesmo anos, antes de a equipe responsável pela construção entrar em campo. Não é exagero dizer que quem idealiza o planejamento é a pessoa que conhece melhor cada uma das etapas da obra — é ela quem vai definir metas, prazos e prioridades, que devem ser seguidos do começo ao fim.

Por isso, é fundamental que esse profissional esteja em contato direto e tenha conhecimento da realidade da obra. Não adianta criar um cronograma baseado em suposições e pensar somente no que seria ideal na teoria. O que importa é como tudo vai funcionar na prática, levando em consideração tanto o custo total da obra quanto o tamanho e eficiência da equipe que vai trabalhar para levantar a construção. Esses dois fatores — dinheiro e mão de obra — são de suma importância na hora do planejamento.

Viabilidade financeira e qualidade da mão de obra

Antes de mais nada, é fundamental saber se o cliente tem os recursos necessários para viabilizar o projeto, do início ao fim. Prováveis gastos extras precisam ser levados em consideração nesse momento. O objetivo é evitá-los, mas é importante saber se, caso seja preciso elevar o custo, eles não vão significar a interrupção definitiva da obra. Com a viabilidade confirmada, é hora de pensar na segunda diretriz: mão de obra.

A qualidade da equipe está diretamente ligada ao cumprimento dos prazos estabelecidos. O tamanho do seu time também tem que ser levado em conta. Não adianta esperar que uma parede seja terminada em um dia se você conta com apenas um pedreiro para fazer o trabalho.

Fatores externos também devem ser considerados

O cronograma ainda deve contemplar influências externas, impossíveis de planejar ou prever em qualquer documento ou planilha. Como estará o clima durante o período da obra? Em época de chuva, é possível que haja dias com pouco avanço. Isso significa mais horas de trabalho, custo maior e demora na entrega. Os equipamentos estarão disponíveis a tempo? Isso também pode interferir na produtividade e, consequentemente, na hora de cumprir o prazo estabelecido.

O estudo do solo também é importante nessa etapa. Uma investigação geotécnica executada de forma errada ou uma sondagem mal feita podem causar prejuízos enormes ao fim da construção. De que adianta entregar a obra no prazo se pouco tempo depois a estrutura estará recalcada?

Todo o processo de planejamento deve ser feito em conjunto com o engenheiro civil. É ele quem vai mostrar o que é viável e o que não é possível ser executado no período estimado. Por isso, é imprescindível que os dois profissionais mantenham contato direto não só na hora de elaborar o planejamento, mas durante toda a etapa da construção.

Contornando os temidos imprevistos

Por melhor e mais detalhado que seja o planejamento, imprevistos vão surgir praticamente em toda obra. O importante, no momento em que alguma situação sair do eixo, é traçar um plano de ação para tentar reverter o que está dando errado.

O controle, nessas horas, é fundamental para evitar que os problemas tomem proporções desnecessárias e acabem se transformando em uma “bola de neve”. Para a obra evoluir e ficar pronta dentro do prazo, cada etapa deve ser respeitada. Não é possível querer cumprir o cronograma estabelecido passando por cima de uma falha e pulando para a próxima fase. O problema deve ser resolvido para não acarretar danos ainda mais graves no futuro. Afinal de contas, a responsabilidade é fundamental.

Por isso, durante todo o processo de construção, é importante que haja comunicação entre todas as partes — reuniões semanais são essenciais para que todos saibam o que está fluindo, o que fugiu do planejamento e como essa situação será contornada.

Manter um diário de obra também é um recurso que pode ajudar na organização. Por meio dele é possível ter uma visão do dia a dia e acompanhar a evolução da construção. Para isso acontecer, deve haver um trabalho em conjunto envolvendo o responsável pelo planejamento, a equipe de obras e a diretoria.

O planejamento de obra deve ser um norte, mas é importante que ele respeite e leve em consideração a realidade do projeto. Planejar é saber hierarquizar e entender as etapas de uma construção.

A etapa de planejar é um investimento feito antes mesmo de a construção começar. Com ela, é possível minimizar o risco de atrasos, diminuir custos e até evitar problemas maiores, como multas e notificações.

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