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  • 20 de novembro de 2017

Furacões, terremotos, tsunamis… Como é a engenharia civil em regiões de desastres naturais?

Não há jeito: a humanidade está sujeita aos movimentos intempestivos da Natureza. De modo que pode ser afetada pelos mais diferentes transtornos, como tsunamis, terremotos, maremotos, furacões e vulcões.

Atualmente, existem muitos estudos acumulados acerca de desastres naturais. E as construções estão sendo feitas levando em consideração esses saberes. Diante disso, uma pergunta é colocada: o impacto desses desastres pode ser diminuído?

Antecipamos a resposta e dizemos que sim — desde que haja uma infraestrutura de construção moderna, como há hoje em várias partes do mundo que sofrem de desastres naturais. E o objetivo dese artigo é justamente mostrar como a engenharia civil está preparada para agir em tais locais.

Interessado? Então acompanhe e confira!

A engenharia civil frente aos desastres naturais

De fato, a engenharia civil tem um papel muito importante diante de desastres naturais como terremotos, maremotos e tsunamis.

O acionamento rápido de alguns dispositivos pode evitar consequências maiores. Além disso, uma construção com infraestrutura resistente é muito importante para resistir, ao máximo, a esses eventos.

A partir dessas necessidades, as obras de infraestrutura precisam ser feitas com um bom controle de qualidade, que deve ocorrer desde a escolha dos materiais de construção até o planejamento e gestão de pessoal encarregado em construir. E o engenheiro civil é o profissional competente para gerir tais processos.

No Peru, por exemplo, nas últimas três décadas, ocorreram alguns desastres naturais. Inundações e transbordamentos de rios, e a destruição de povoados inteiros por terremotos ocasionaram enormes perdas humanas e econômicas. Por isso, o país se viu obrigado a adotar normas para as suas construções.

O mesmo é feito no japão — aliás, quando se trata de levantar edifícios capazes de resistir a fortes abalos, os japoneses são mestres.

Os arranha-céus que enfeitam as cidades nipônicas têm a capacidade de permanecer intactos após um terremoto. E as residências comuns também obedecem a rigorosos padrões de construção, que os permite resistir a grandes desastres.

Tanto é que em nenhum lugar do mundo um terremoto causaria tão poucos danos como o ocorrido em 2011, com a consequente destruição da central nuclear de Fukushima. O terremoto atingiu 9 pontos na escala Richter, mas o maior desastre veio do tsunami que o seguiu.

Outro caso é a Trump Tower, inaugurada em Chicago em 30 de novembro de 1983, um exemplo de edifício feito para resistir aos tornados que assolam a cidade.

O diferencial dessa obra está em sua estrutura de concreto armado, que não permite ao edifício movimentar-se com os fortes ventos. Por outro lado, o seu design, com bordas arredondadas, quebra a força do vento, distribuindo o impacto por todo o prédio.

Construções resistentes a impactos

Para resistir aos terremotos, os edifícios são construídos de modo que balancem, mas não caiam. Isso ocorre devido às suas estruturas flexíveis, que admitem certo grau de deformação, vibrando e se deslocando rapidamente.

Para isso, em todas as plantas a estrutura do edifício deve ter junções articuladas, que permitem certa mobilidade. Este processo é o mesmo que se utiliza nos arranha-céus de todo o mundo, já que o vento forte produz, com frequência, o mesmo impacto de um terremoto.

A parte superior das torres da Castellana de Madrid, por exemplo, se movem ligeiramente (cerca de 30 centímetros) com o vento forte. É, inclusive, um movimento que pode ser percebido por quem está na parte superior do edifício. Mas as normas antissísmicas na Espanha são bem rigorosas, empregadas nas áreas com risco de abalo sísmico.

Bom, é mais adequado construir grandes obras em terreno estável. Mas nem sempre isso é possível.

No Japão — além dos terremotos e tsunamis, como já comentamos — há a dificuldade de que grande parte do solo não possui estabilidade. Dessa forma, os engenheiros têm duas opções: compactar o solo, melhorando-o de forma artificial, ou implementar uma técnica conhecida com isolamento de base.

Neste segundo caso, são colocados entre o concreto e a estrutura de aço isoladores de neopreno. Assim, quando acontece um terremoto, o edifício se move com o movimento do solo, sem oferecer resistência, e, portanto, não desaba. O princípio básico é desacoplar o movimento do solo ao movimento da estrutura.

Além disso, certos tipos de solo, saturados de água, perdem resistência quando são submetidos aos movimentos de um terremoto. A água brota do solo e o terreno muda de estado sólido a líquido. Assim, quando é produzido esse fenômeno da liquefação, os edifícios “flutuam” no solo, e perdem estabilidade.

A parte positiva é que os edifícios afundam no solo ou ficam inclinados, mas não têm as suas estruturas destruídas, o que permite salvar vidas.

Por tudo isso, os materiais utilizados nas construções em áreas de desastres precisam ser submetidos a provas de resistência. Ainda mais após o terremoto de Kobe, ocorrido em 1995 (magnitude de 7,2 graus na escala Richter), o Japão investiu muito em suas construções.

Isso porque os japoneses sabem que haverá novos terremotos devastadores, por conta de sua posição geográfica, e se empenham em fazer obras seguras. Assim, as empresas japonesas têm os seus próprios laboratórios, onde testam materiais e estruturas em simulações de terremotos.

Configuração estrutural para residências

Geometria

Uma casa simétrica, bem construída, resiste melhor à ação dos terremotos. Por isso, devem ser construídas paredes em direções perpendiculares entre si, de modo que a geometria da obra seja regular e simétrica. Também, deve-se evitar construções com formas grandes e estreitas.

Resistência

É necessário garantir uniformidade no uso dos materiais nas paredes, estruturas, coberturas e outros. Isso permite uma resposta integral da edificação em caso de terremoto.

A obra também deve ser firme e conservar o equilíbrio quando submetida à vibração do solo. Obras pouco sólidas podem partir-se ou deslizar mais facilmente nesses casos.

Rigidez

É desejável que os elementos que formam a estrutura da obra sejam compostos monoliticamente, como uma unidade que movimente pouco frente a um terremoto.

Continuidade

Para que uma edificação suporte um terremoto, um furacão ou tsunami, sua estrutura deve ser sólida, simétrica, uniforme, contínua e bem conectada.

Mudanças bruscas em suas dimensões de rigidez, falta de continuidade e configuração desordenada facilitam a concentração de forças que são nocivas à estrutura como um todo. Caso tal detalhe não seja observado, ocorrerão torções e deformações que podem causar graves danos, ou mesmo a queda da edificação.

Por fim, convém observar que, no passado, muitas cidades foram destruídas por eventos naturais.

Podemos citar, por exemplo, o terremoto ocorrido em 1º de novembro de 1755 na cidade de Lisboa, Portugal. Outro evento famoso foi o sismo e tsunami do Oceano Índico, ocorrido em 26 de dezembro de 2004, com epicentro na costa oeste de Sumatra, na Indonésia.

Em ambos os eventos, milhares de pessoas perderam a vida. Mas hoje, felizmente, desastres naturais como esses podem ser minimizados, se forem adotadas as técnicas da engenharia civil moderna.

Então, gostou de saber como a engenharia lida com os desastres naturais? Agora, para ter acesso aos melhores conteúdos da internet sobre engenharia civil, siga-nos em nossas redes sociais! Estamos no Facebook e no LinkedIn.

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LENNIE LAZENBY

Most people spend hours choosing the perfect sofa or the paint color for their living room, but they forget the importance of lighting. For a good living room lighting, it is important to use different kind of lights and at different levels that work together to create .

2 Comments

  • October 27, 2014 at 10:06 am

    LENNIE LAZENBY

    Good for you! Looks like you have been working really hard your entire life because such a big house must cost a fortune.

    REPLY
  • October 27, 2014 at 10:06 am

    LENNIE LAZENBY

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