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  • 03 de janeiro de 2018

A perspectiva da engenharia sobre o novo cenário de infraestrutura no Brasil

Nos últimos anos, o Brasil passou — e ainda está passando — por momentos difíceis quando se analisa o setor da engenharia. Seja pela crise econômica que nos atingiu, seja pelos efeitos causados pelas investigações da Operação Lava Jato, a construção civil foi diretamente afetada.

Vimos o setor declinar vertiginosamente, elevando o número de demissões e estagnando inúmeras obras. É válido ressaltar que as mudanças políticas também têm sua parcela de influência, mas o cenário não é dos melhores.

Em contrapartida, sabe-se que precisamos demasiadamente de obras de infraestrutura. Rodovias, aeroportos, portos, novas linhas de metrô, trens urbanos e, principalmente, novas habitações são obras extremamente necessárias.

Nesse sentido, verifica-se certa expansão do campo da engenharia, por meio da modernização de processos construtivos e de ações concretas em termos de produção e planejamento.

A engenharia apresenta alternativas interessantes e um amplo horizonte de ampliação, apesar do confuso panorama político e econômico. Continue a leitura deste artigo para ter acesso a mais informações sobre a perspectiva do novo cenário de infraestrutura da engenharia no Brasil.

Existe vontade política?

Como já relatado, o Brasil passa por um dos momentos mais delicados de sua história no que se refere à política e à economia. Existe uma incerteza de como serão os próximos anos, principalmente pela eleição para a presidência em 2018.

Além do futuro imprevisível na política, os próximos passos da investigação da Operação Lava Jato também são desconhecidos. Não sabemos se haverá mais escândalos e quais serão os seus impactos, se ocorrerem.

Toda essa conjuntura nos faz pensar: será que existe vontade política em mudar o cenário de infraestrutura da engenharia no Brasil ou cada um pensa apenas no próprio umbigo?

Por incrível que pareça, há sim vontade política para resolver os problemas de infraestrutura e, principalmente, de déficit habitacional. Em 2015, houve o lançamento do PAC III (terceira fase do Programa de Aceleração do Crescimento) e do Programa de Investimento em Logística II.

É possível afirmar que esses programas foram criados com o intuito de iniciar a implantação de uma nova carteira de investimentos em logística, infraestrutura social e urbana, energia e outros setores, combinando o investimento público e o privado.

Os programas foram positivos?

O Brasil criou diversos programas para favorecer a infraestrutura de engenharia, mas eles foram positivos? No final do mês de agosto de 2017, o Governo Federal divulgou o 5° balanço do PAC, evidenciando os principais resultados.

Pode-se perceber que, para o período entre 2015 e 2018, foi executado 65,6% do previsto, o que representa um montante de R$ 452,9 bilhões. Considerando apenas as ações concluídas, o gasto foi de 40,6% do estimado (ou R$ 200,9 bilhões).

Esse valor foi despendido em obras do eixo logístico (R$ 15,26 bilhões), eixo de energia (R$ 82,56 bilhões) e eixo social e urbano (R$ 103,09 bilhões). No setor de logística, o investimento representou 3.337 novos quilômetros de rodovias e a pavimentação e construção de estradas, atingindo 5.328 km.  O setor ferroviário também se beneficiou, com as obras da ferrovia Norte-Sul se aproximando da conclusão.

No setor de energia, o investimento teve como retorno o acréscimo de 19.947 MW de potência instalada. Inclusive, 97% desse montante é oriundo de fontes renováveis de energia.

O eixo social e urbano atuou com o programa Luz para Todos, realizando 156.304 novas ligações de energia elétrica, o que corresponde a 75% da meta prevista. Pode-se dizer que mais de 16 milhões de pessoas foram beneficiadas com a chegada de energia elétrica.

Por fim, o Programa Minha Casa Minha Vida também contribuiu para o novo cenário de infraestrutura da engenharia no Brasil. Nesse período, foram entregues mais de 1 milhão de novas moradias, impactando 4,5 milhões de pessoas.

Quais as principais evoluções no processo produtivo?

A construção civil é um mercado conhecido por conter processos produtivos retrógrados e obsoletos. A construção de uma casa, por exemplo, apresentou pequenas alterações no processo construtivo quando comparamos com as atividades realizadas 20 anos atrás.

Porém, é sabido que esse panorama vem sofrendo alterações em todo o mundo. A cada dia que se passa, aumenta o investimento em pesquisas para a descoberta de novos métodos construtivos, que sejam capazes de aumentar a produtividade das etapas, diminuir o consumo de recursos naturais e reduzir a produção de resíduos.

Hoje, a construção civil ainda é um dos principais responsáveis pelo impacto ambiental: 66% das florestas, 40% de todos os recursos naturais e 30% da água potável do planeta são gastos pelo setor. Além disso, não se pode deixar de destacar a produção de 40% a 70% da massa de resíduos urbanos e a incrível marca de meia tonelada de entulho por habitante por ano.

O desperdício de materiais também não fica para trás. Anualmente são gastos, sem necessidade, 20% dos materiais (em massa) e 30% de mão de obra.

Com esses dados alarmantes, afirma-se que há uma tendência para a infraestrutura da engenharia no Brasil. Construtoras que tenham ações sustentáveis, com obras limpas e eficientes certamente se destacarão no mercado.

Os engenheiros também devem se preparar. A inovação já é considerada um grande diferencial de mercado. Aliando a capacidade de inovação com a necessidade de redução de gastos e geração de resíduos, os profissionais podem apresentar soluções extremamente vantajosas para o mercado como um todo.

Afinal, qual é a perspectiva sobre o novo cenário de infraestrutura da engenharia no Brasil?

Após confirmar que o Governo Federal provê ações de incentivo às construções, que os programas geram benefícios e que os principais processos produtivos estão passando por inovações e modernizações, você deve estar pensando: afinal, qual seria a perspectiva sobre o novo cenário de infraestrutura da engenharia no Brasil?

Bom, apesar das incertezas que o futuro nos revela, pode-se afirmar que o Brasil está no caminho certo. Somos um país que está acostumado a superar as dificuldades e o setor de engenharia não é diferente.

Estamos na expectativa de uma retomada de crescimento, uma vez que o setor é o primeiro a sofrer as consequências da desaceleração da economia, mas também é o primeiro a sentir os impactos de uma recuperação.

Devemos nos preparar, buscando novos conhecimentos e novas metodologias de execução, deixando espaço para a inovação e lembrando sempre de que é preciso se preocupar com o meio ambiente. Focar a diminuição da geração de resíduos e a melhor utilização dos recursos naturais é um bom começo.

E então, gostou do nosso artigo? Está motivado para o novo cenário de infraestrutura da engenharia no Brasil? Então, que tal compartilhar este artigo em suas redes sociais e motivar também os seus amigos? Contamos com você!

About the Author

LENNIE LAZENBY

Most people spend hours choosing the perfect sofa or the paint color for their living room, but they forget the importance of lighting. For a good living room lighting, it is important to use different kind of lights and at different levels that work together to create .

2 Comments

  • October 27, 2014 at 10:06 am

    LENNIE LAZENBY

    Good for you! Looks like you have been working really hard your entire life because such a big house must cost a fortune.

    REPLY
  • October 27, 2014 at 10:06 am

    LENNIE LAZENBY

    Good for you! Looks like you have been working really hard your entire life because such a big house must cost a fortune.

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